quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

9º-O tão esperado beijo

        Ao saírem do vilarejo, os dois param e olham para trás, Snow pergunta:
       -É isso mesmo que você quer? Pode ser perigoso e eu não tenho a mínima ideia pra onde estou indo.
       -De um jeito ou de outro, não tenho pra onde voltar Snow. Minha irmã, meus amigos, todos que eu conhecia estão mortos, só sobrou você.
       -Então se essa é sua decisão vamos, mas me prometa uma coisa, a qualquer sinal de perigo você vai correr sem pensar duas vezes.
       -Tudo bem, pode ficar sossegado.
       Com isso os dois seguiram por uma estrada durante horas e horas sem parar, não avistaram nada que indicasse sinal de algum vilarejo. Já era quase noite quando os dois chegaram aos pés de uma grande montanha.
       -Hey Snow já está ficando tarde, vamos descansar e comer alguma coisa, depois continuamos.
       -Vou ver se encontro água, disse Beatrix enquanto Snow sentava encostado numa árvore.
       Seu corpo estava cansado, estava há muito tempo andando sem parar, seus olhos estavam começando a ficar pesados iam se fechando aos poucos quando ouve uma voz.
       -Levanta vamos antes que comece a chover.
       Era Beatrix juntando as coisas para partirem, o garoto se lavantou depressa pegou suas coisas e foram em direção a montanha.
        Eles andaram depressa, mas a chuva logo os pegou, não tinha como voltar uma vez que o caminho já estava ficando liso e nem mesmo seguir em frente pelo mesmo motivo, então decidiram procurar uma caverna para se esconderem.
       O caminho era estreito cabia apenas uma pessoa, a chuva era forte os dois estavam completamente molhados.
       -Hey vamos pra lá, apontou o garoto a caverna que acabra de avistar.
       Chegando a beira da caverna uma pedra desliza em direçao a eles, Snow empurra Beatrix em direção a caverna logo em seguida caindo sobre ela. Seus olhos vão de encontro aos dela, estava ficando cada vez mais difícil de segurar, até que sua mão começa a subir cintura da garota, que por sinal não coloca nemhum obstáculo para a tentativa do garoto, os seus lábios estão quase se encontrando quando ele ouve uma voz inesperada.
       -Snow acorda! Era Beatrix chamando, enquanto ela juntava as coisas para saírem, uma chuva estava prestes a começar.
       “aquilo tudo havia sido um sonho?” Snow não podia acreditar, ele olhou em volta e viu que tudo estava acontecendo como em seu sonho, então ele falou para Beatrix:
       -Nos vamos subir a montanha então?
       Uma resposta inesperada veio da boca da menina.
       -Snow deixa de ser idiota, como poderíamos subir uma montanha como uma chuva dessas? Só em sonhos mesmo.
       -É só em sonhos mesmo, repetiu o garoto com um ar de desapontado no rosto.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

8º - O renascimento de uma flor

       A dor pela perda da garota e o sentimento de culpa pelo ocorrido fazem ele esquecer de tudo a sua volta e mergulhar em um mundo de profunda escuridão. Não percebera que o pingente que havia sido tocado por uma lágrima sua tinha começado a brilhar num tom avermelhado, essa luz se espalha rapidamente pelo corpo de Beatrix devolvendo novamente a cor natural a garota.
Snow ainda abalado não havia notado o que tinha acontecido, ele começa a olhar para lua e dizer: por quê? Por que isso tinha que acontecer com ela? Se eu a traí então deveria ser punido!
      No meio das lágrimas e lamentações, ouve-se uma voz baixinha e fraca dizendo:
       -Não sabia que gostava tanto assim de mim.
     Os olhos garoto se viram pasmados para a garota em seus braços, ela estava com um sorrisinho meigo no rosto.
       -Você está viva??? E a derruba de seus braços.
       -Se você continuar me tratando assim, não por muito tempo, diz a garota passando a mão na cabeça que acabara de bater no chão.
       -Hey, o que aconteceu comigo????
     Depois de uma longa conversa o assustado Snow explica tudo que aconteceu para Beatrix, a garota no começo estava meio confusa, não conseguia entender porque sua irmã tinha feito aquilo.Ela pede a Snow pra ele a esperar que ela tem algo a fazer. O garoto diz que tudo bem. Beatrix vai até o corpo de Ellen, a pega nos braços e a leva até a sua casa onde coloca fogo em tudo. Snow ainda mais assustado tenta dizer algo para animar a menina, mas, para sua surpresa, ela estava com um sorriso no rosto.
      -Vamos então Snow?
     Impressionado com a força da garota os dois partem sem destino apenas procurando respostas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

7º- A Culpa?!


No meio do caminho eles encontram Ellen ensangüentada caída no meio de um monte de corpos. Beatrix corre em direção ao corpo da irmã, ela a toma em seus braços e percebe que a garota ainda está viva. Snow estranhamente fica parado há alguns metros, parecendo prever o que viria acontecer.
  Ao abraçá-la contra o peito, Beatrix fala.
  - não, não morra!
   Snow olha para o rosto de Ellen e vê seus olhos se abrindo lentamente e um de vermelho com ar de maldade.
   - fuja Beatrix.
 Mas era tarde demais. Ellen clava um pequeno punhal nas costas de Beatrix.
   O corpo de Beatrix cai no chão, a pequena Ellen se levanta, com uma voz sombria e diz:
    -Isto é tudo sua culpa, se você não tivesse  nos traído nada disso  teria acontecido.
    O garoto desesperado pergunta:
    - do que você está falando?
     - você nos traiu! A prova de sua traição está em seu maldito pescoço.
   - Snow segura o pingente com força.
    - eu achei isso, como pode provar algo sobre mim.
    - sem mais perguntas, a garota pega o punhal e corta seu próprio pescoço.
     Snow abalado corre até o corpo de Beatrix, a segura nos braços, arranca o pingente do
pescoço e começa falar:
   - não morra quem vai ver a lua e as estrelas comigo?! Quem vai fazer perguntas que me deixam vermelho e depois sorrir?! Sei que passamos pouco tempo juntos, mas...
  No meio as palavras Snow começa a ver o resto de luz nos olhos de Beatrix se esvair.
   Ele coloca o pingente em cima do peito da garota, começa a olhar para lua, lágrimas
escorrem por seu rosto e molha o peito da garota, uma delas toca o pingente.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

6º-Uma triste perda


Já era noite quando eles acordarão e virão que Ellen estava em pé ao lado da porta onde parecia preocupada.

            - O que aconteceu Ellen pra você ficar assim? - Perguntou Beatrix.
            - O por do sol hoje foi triste, estava vermelho e me lembrou sangue.
  Beatrix estou com mau pressentimento para essa noite.
 - Fique calma não é nada - disse a irmã mais velha, completando - vamos sair, logo estaremos de volta. Ao saírem da casa Ellen, segurou Snow pelo braço com força e disse:
- Eu sinto que você não é uma pessoa normal, então, por favor, nunca esqueça o que me prometeu. Snow olhou em seus olhos, eles pareciam tristes,
diferentes dos olhos da garota que conhecera mais cedo, e também pareciam saber de algo.
Por algum motivo Snow ficou pensativo na mudança da garota. Seguindo pelas ruas da cidade ele viu muitas luzes acesas, mas não havia ninguém nas ruas e estava quieto demais dentro das casas.
            - É sempre assim por aqui? - Perguntou Snow meio que sussurrando. Normalmente não - respondeu ela. 
Eles chegaram no que parecia o centro do vilarejo. Havia uma bela fonte e mais a frente uma igreja.           
- É ali - disse ela.
- O que uma igreja? 
-Sim, a pessoa que eu falei que poderia nos ajudar  é o padre, vamos logo!
 Ao passar pela fonte Snow viu um corvo. Seus olhos
pareciam vermelhos e brilhantes. O garoto piscou e os olhos da ave estavam normais. O garoto então pensou: - Mas o que é isso? Devo estar ficando louco.
            Eles baterão a porta da igreja, parecia estar fechada.
            - Padre Simons? -gritou a garota. O senhor esta ai?
            O silêncio continua.
-Devemos ir embora - falou o garoto.
            - Não, espere, há outra entrada mais aos fundos - disse ela.
 Ao percorrerem a igreja, chegam a tão entrada. Empurrarão a porta e ao entrar tiveram uma visão assombrosa.
Beatrix começou a gritar e Snow caiu sentado. A sua frente estava padre Simons crucificado. Sangue escorria por todo seu corpo, ele parecia estar ali à algumas horas.
Outra lembrança veio à cabeça de Snow. "Ele estava sentado em uma pedra, havia uma foice em seu colo e o chão tinha coisas meio estranhas. Num tom vermelho que ele não conseguia ver o que era".  Em meio às lágrimas Beatrix disse - É por isso que o vilarejo esta quieto, devem estar todos mortos.
- Essa não, a sua irmã pode estar correndo perigo.
Então sairão os dois em direção a Ellen para tentar salva-lá.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

5º-Descanso

  Ao chegar à casa, Snow encontra uma versão em miniatura de Beatrix.

  A garota devia ter por volta de 10 anos de idade; tinha uma presença muito pura e
agradável.

  Logo de cara ela conseguiu tirar risos de Snow; Beatrix arrumou o chá para eles.

  - Ellen, me desculpe por deixar você sozinha por todos esses dias.

  - Não se preocupe, eu sei me cuidar muito bem - disse ela, levando uma xícara de chá
atá sua boca. Nessa hora, ela parecia até mais adulta que Beatrix.

  - Snow, sabe o que eu mais gosto de fazer? - perguntou Beatrix.

Com um gesto com a cabeça ele disse que não enquanto comia o pão.

  - Eu gosto de ver o céu à noite, principalmente a lua e as estrelas.

  E por alguns minutos a conversa seguiu até Beatrix dizer que era melhor eles irem
dormir, pois estavam cansados e, à noite, ela queria levar Snow até uma pessoa que
pudesse ajudar.

  Antes de irem dormir, Ellen pediu pra Snow prometer que cuidaria de sua irmã. Ele,
sem entender o porquê do pedido, disse que sim, e então foram dormir.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

4º-Algo Inesperado

  - E voce como se chama?
  - Beatrix.
  - Posso te fazer uma pergunta, Beatrix?
  - Sim, claro.
  - Porque está me ajudando?
  - Bem - começou a falar a garota - Eu poderia ficar horas e inventar muitas coisas ou
simplesmente posso falar a verdade e dizer que é porque gostei de você. Você está com
frio? - perguntou a garota observando as roupas do garoto.
  - Sim, bastante.
  - Então venha comigo; em algumas horas estaremos na minha casa.
  Seguiam por uma estrada que havia mais a frente. Durante o caminho, Beatrix tentava
descobrir algo mais sobre Snow, mas a única coisa que conseguiu foi ficar ainda mais
curiosa a respeito do garoto. Ao amanhacer, começaram a subir um morro e ao chegar
ao topo eles viram o nascer do sol.
  - Ei, olhe lá! É o meu vilarejo - apontou Beatrix.
  - Vamos depressa.
  Eles partiram em direção ao vilarejo; chegando lá, o local parecia ser agradável, apesar
de não haver pessoas nas ruas.
  - Venha por aqui, minha casa fica ali na frente. Lá poderemos descansar melhor.
  - Você mora sozinha? - perguntou timidamente o garoto.
  - Por quê? Você está imaginando se vai dividir a cama comigo? Meio cedo, você não
acha? - disse ela rindo.
  - Não, não é isso! Eu quis dizer... - disse o garoto todo vermelho.
  -Seu bobo, estou só brincando. Eu moro com minha irmã mais nova.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

3º-Início de uma amizade


sente ter alguém o observando. Ele continua até chegar ao fim da floresta e vê a sua
frente um campo; seu corpo estava exausto e aquilo havia sido muito para sua mente,
então resolve descansar.
  Com um olhar sereno, começa a observar a lua em sua mais bela forma, enorme e
brilhante, estrelas cadentes passavam uma vez ou outra por lá. De repente ele suspira,
olha para os lados e pergunta:
  - Quem esta aí? Por quanto tempo pretende me seguir? Se quiser me matar, venha! Mas
não acho que vá conseguir algo com isso.
  Logo depois uma garota sai dentre os arbustos, baixa e magra com um cabelo escuro e
longo, uma pele muito clara, olhos castanhos e com um ar de atrapalhada, mas muito
bonita e, o mais importante, bem agasalhada, que, por sinal, era o contrário do garoto.
  - Há quanto tempo sabia que eu estava aqui?
  - Tempo suficiente para perceber que voce caiu duas vezes enquanto me seguia. E por
que me segue?
  - É que achei estranho o que aconteceu com aquela garota.
  A expressao meiga do garoto muda para uma mistura de sério com assustado. Pensou
que mais ninguem havia presenciado aquilo.
Logo a idéia de ser um sonho ou um pesadelo que era mais provável vai ficando cada
vez mais remota. E quando o silêncio começava a prevalecer, a garota pergunta com um
lindo sorriso:
  - Qual é o seu nome?
Aquilo deveria ser uma pergunta de resposta fácil, mas o único problema era que ele
não lembrava como se chamava.
  - Ah, pode falar! Prometo não rir, se esse for seu medo - diz a garota, parecendo ainda
mais interessada ao perceber que o garoto tinha ficado sem jeito.
  -Simplesmente não sei - fala o garoto, constrangido.
O garoto que esperava uma atitude negativa por parte da garota, só que mais uma vez
ele foi surpeendido por ela.
  - Ah, quer saber: eu não me importo como é seu nome. Te achei fofinho - disse a garota
  - Mas mesmo assim, tenho que te dar um nome, se não fica difícil conversar. Bem, me
deixe ver... O que acha de Snow?
  - Snow? Por quê?
  Os dois deram risadas, mas em gesto de aprovação com a cabeça, o garoto concorda
com seu novo apelido.